terça-feira, março 28, 2006

On the road!

O itinerário tem sido feito em função das circunstâncias. Saltámos alguns locais planeados (os ventos sopram muito forte por aqui) , ficámos mais tempo que o previsto noutros (é difícil nadar contra a corrente), mas temos feito essencialmente a parte citadina da viagem.
A missão Pantanal vai ser adiada devido ao período de cheias. A rota foi alterada então rumo ao Uruguai, para entrar com confiança na Argentina. Com a certeza que voltaremos para explorar o Brasil mais caipira e selvagem.

Sem problema!

Até agora não tem havido problemas inconvenientes; por que haveria de haver?
humm, a situação mais complicada ainda foi num boteco à beira de estrada. O dono ficou tão bravo comigo por eu ter puxado o autoclismo depois de ter ido à casa de banho! Acusando-me de gastador de água alheia num português bem brasileiro, não o conseguimos acalmar e não tivemos solução senão fugir para a rua!

Florianópolis › 20 Mar

Floripa é mundialmente conhecida pelo que não vem nos mapas. Só tenho a dizer que é verdade!
Que estranho é estar no Brasil e as pessoas fazerem lembrar a Alemanha. Existem mesmo pequenos locais neste estado brasileiro em que existe um dialecto que já desapareceu na Alemanha mas que ainda é practicado por aqui. Esta ascendência nórdica reflecte-se obviamente nos traços físicos dos locais: loirinhos de olhos azuis claros; mas o melhor de tudo vem com a fusão do gene moreno com estas características!
O estado de St Catarina é reconhecido no Brasil pela sua eficiência econômica. Terá também a ver com o tipo de colonização?!

A ilha é o paraíso dos surfistas. Embora este som não me atraia desde o início da juventude, fiquei rendido à experiência de surfar nas dunas de areia. Não tinham 100 metros como nos prometeram, mas eram grandes suficientes para nós!

A musicalidade da Ilha não me cativou. Muito show off. Muito playback. Mas a sensação musical foi salva no último dia com um concerto gratuito de Jorge Ben Jor, nas comemorações dos 280 anos da cidade. Bem!

Com certeza que as canções de Porto Alegre serão bem mais políticas e interventivas. Vou ver.


Clarividência

São 6 da manhã e leio o poema Construção, de Chico Buarque, na cara dos operários que entram no autocarro. É neste momento que entendo o que me tem dito tanta gente com quem me cruzo no metro, ônibus, praia, sobre o não chegar a casa.

Pequenas diferenças

Nas realidades que tinha conhecido até ao Brasil, viver num ponto alto é sinónimo de riqueza. A figura de um rei no seu castelo é forçosamente em cima de um morro; em qualquer prédio ao subir de andar, sobe o preço do apartamento; podemos estender a imagem até ao snobismo, que é ver o mundo de cima julgando estar a seus pés.
Aqui é ao contrário. Mora no morro é como quem diz coitado. O preço da boa vista é pago com outra moeda.

segunda-feira, março 27, 2006

Aquele abraço!

Conheço o Fausto desde o Carnaval em Piúma. Chego ao Rio, bato-lhe à porta e prontamente é aberta! Suspeito de um início de uma boa amizade.
Graças ao Fausto e Glauco, à Fernanda e Esther, conhecemos muitas faces do Rio. Aprendi bastante. Mil obrigados e sei que vão aparecer em Portugal. Beijo colectivo que se espalha até à Maureen. Até já a todos. Mando acordes de Floripa.

Malhação!

Nunca vi tamanho culto do corpo! Ginásios de musculação há em todo o lado do mundo, mas esta obrigatoriedade de os frequentar e de seguida ir ao calçadão exibir a prova, é singular. O Carioca em vez de açucar põe adoçante no café, mas não deixa de beber a sua cerveja de final de dia. Só que levanta cada copo a pensar no quanto vai ter que malhar no dia seguinte. É muito mau. É muito bom

Música do dia a dia

Tive oportunidade de ver um documentário impressionante, que chegou a ser censurado mas de momento está a colocar o Brasil em debate – Falcões, Os meninos do tráfico. O realizador (que passou de ameaçado de prisão a ser recebido pelo presidente Lula) acompanhou o quotidiano destas aves predadoras que protegem as bocas das favelas. Durante a duração das filmagens, 16 das 17 crianças que estavam a ser filmadas faleceram. Citando uma delas: "Se eu morrer amanhã? Aí, depois de amanhã vai fazer dois dias que eu morri. Simples." Mórbido. Não foi só no Rio ou São Paulo, foi por todo o Brasil. O que me impressionou mais foi ver que como todas as crianças, quando podem bricam. De policia e ladrão, só que aqui todos querem ser o traficante. Para ver e debater.

Noutra ocasião, conheci o “Jackson”. O J. mora numa das favelas do Bairro da Tijuca. Disse-me que o sonho dele era morar em Portugal. Ele não sabe onde exactamente fica Portugal, mas acha que não pode ter esta violência. Diariamente passa por traficantes que empunham as suas pistolas e, segundo J., por vezes bazucas (é verdade que já passaram imagens televisas de helicópteros da policia atingidos). Falou de muita coisa que conhecemos da tela, mas deixou alguns pormenores que eu não conhecia: há morros que têm como que recolher obrigatório, não podes sair à rua depois das 23h. O bicho pega. Então, dá-se o caso de um trabalhador que sai tarde do emprego ter que esperar até de manhã para poder entrar em casa. Tal como não é raro ter que esperar para subir ao morro porque está a decorrer um tiroteiro.

Rio de Janeiro › 10 Março

Muita música rolou por aqui, muito boa música...
Que cidade de contrastes! É um centro urbano por excelência, mas conjuga isso de forma tão harmoniosa com a natureza envolvente!

Rico e pobre vivem tão juntinhos, que contraste enorme. Estar deitado na praia de Ipanema é ter vista para a Rocinha, a maior favela da América Latina.

Deambular sem direcção bem definida no centro do Rio é um prazer, a sensação é quase esmagadora de poder fazer tudo, ser quem se quer ser, de criar, vontade enorme de fotografar, parece que tudo pode acontecer, para o bem e para o mal.
As águas de Março são bem pontuais! Não houve dia em que não chovesse às 16h31; já a esperávamos, dançando sem T-shirt de tanto calor musical. Chuva chovendo, fechando o verão...


A musicalidade das noites do Rio tem tanto a ver comigo. É tão fácil encontrar um boteco com quatro músicos no canto a tocar um samba animado, como de seguida ir à Casa Matriz ouvir uma noite dedicada a Chico Buarque; antes, na Casa Rosa, fiquei assombrado com a música contemporânea brasileira, salada entre bossa, electro, hip-hop, jazz, mas sempre com sabor a samba.

segunda-feira, março 20, 2006

Oi Pai! › 19 Mar

Desde há alguns anos que não passo aniversários e este tipo de datas contigo. Mas temos estado sempre presentes um com o outro. Aquele abraço!

Makumba!

A par do catolicismo existe outra religião igualmente praticada na Bahia: o Candomblé. É uma religião oriunda de África, que se presta culto a diversos deuses chamados de Orixas. Cada crente tem o seu Orixa protector e em cada 15 dias reunem-se em locais chamados terreiros para fazerem um ritual de homenagem, que por vezes envolve sacrifícios de animais.
Numa noite memorável decidimos assistir a uma sessão. As cerimónias só são practicadas fora do centro, em favelas que rodeiam Salvador, pelo que fomos com o Luis, um guia também ele practicante de Candomblé.
Entrámos com a cerimónia já a decorrer e o coração dispara, pois não reconhece um ambiente assim. Onde estamos? Na África profunda das senzalas e plantações de cana? O que está a acontecer? Peça de teatro/dança ou crença metafísica levada a sério? Parece-me que será este o caso. Após algumas horas (fomos embora a meio, pois o Candomblé não tem hora para acabar!) fiquei convencido que era muito respeitado pelos participantes, que de forma natural mas clemente pediam conselhos aos deuses.

A cerimónia foi orientada por uma mãe-de-santo bem velhinha, que dançava como se tivesse 16 anos, soltando gritos incompreensíveis para chamar os deuses. Os tambores só podem ser tocados por homens e ecoavam de forma estrondosa pela sala reduzida. Gostei de 2 pormenores da sala: ao canto, um garotinho da favela adormece como se estivesse a assistir a um programa banal da tv; noutro canto descubro uma imagem de Santa Bárbara, simbolo cristão mas que não importuna minimamente os praticantes desta religião (para pensar, esta coexistência pacífica de mais do que uma religião).


De repente os deuses vieram! Não estava propriamente à espera que batessem à porta; visto que são deuses concordo que estejam à vontade para aparecerem quando quiserem (caso sejam daqueles omnipresente então é que não há mesmo nada a fazer), mas o estranho foi que apareceram dentro das pessoas!
A primeira foi a mãe-de-santo. Os olhos começaram a virar, o corpo curva-se entre vénias e ataques epilépticos, sempre tremendo, entra em transe! Os restantes ajudam-na, aliviando-a de alguma roupa e encaminhando-a para uma sala contígua até passar o transe. Enquanto ela está em transe o Orixá fala através dela. É assustador, mas não daquele tipo que mete um medo mau... mais daquela adrenalina boa que sentiamos quando viamos um Hitchcock Apresenta quando éramos crianças.
Seguem-se, à fartura, outros Orixás em outros practicantes. O mais inesperado foi o caso de uma moça grávida, que não estava a dançar mas sim sentada ao nosso lado, e de repente (não mais que de repente) entra em transe! Ajudam-na com mais cautela, tentam tirá-la desse estado pois dizem que não é recomendável dada a sua condição. Mas vejo-a levantar-se, tremendo, de olhos fechados, sempre tremendo, esboçando uns passos de dança tribal, e desaparece para a outra sala, subindo uns degraus de olhos fechados, tremendo e dançando.

De referir que durante a cerimónia, enquanto dançam em honra dos Orixás, muita cachaça é bebida, charutos enormes são acessos; a mãe-de-santo chegou a partilhar connosco uma bebida feita de cerveja quente com açucar.
Quando esta coisa dos deuses estarem sempre a aparecer pelos corpos adentro acalmou (por onde é que um Orixá entra em ti?) fizeram uma limpeza espiritual, não só aos habitantes da favela mas em nós também! À vez, na outra sala, a mãe-de-santo esfrega-nos o corpo com folhas de algo tipo louro enquanto debita uns sons estridentes. Para finalizar, cobre-nos com pipocas! Não sei! Não faço ideia porquê pipocas! Nem sei se seriam doces ou salgadas, embora muitas tivessem ficado presas nos caracois dos meus cabelos. Claro que também saltava à vista um prato para nós gringos darmos uma contribuição. Achei justo.



O relato é suposto ser num tom leve, mas como afirmei em cima, considero que tive uma experiência intensa de uma crença profunda. A não ser que tenham presenciado pessoalmente, vão ter que confiar na minha visão.

Uma nota final para dizer que era proibido tirar fotografias. Que pena que me deu em mim. Uma mãe-de-santo bahiana é uma figura que gostava de fotografar. O André ainda conseguiu tirar estas imagens à socapa.

Depois disto vou em busca de outro tipo de som. O som do Rio!

Mama África

“a minha mãe é mãe solteira
e tem que fazer mamadeira
todo dia além de trabalhar
como empacotadeira
nas Casas Bahia”

Agora entendo melhor as músicas de sempre...

Salvador da Bahia › 6 Mar

“quando penso na Bahia, nem sei que dor que me dá...”

Finalmente aconteceu Brasil! Encontrei em Salvador traços bem fundos do que imaginava para este país. Aqui apaixonei-me pelos cabelos, pelo tom de pele, pelo que faz lembrar África. Que é tudo por onde quer que olhe.
É uma cidade linda, vestígios de Portugal em cada edifício colonial, em cada calçada de pedra, em cada igreja construída com pedra trazida de Lisboa (doidos desde sempre!). Visitar o museu Afro-Brasileiro em Salvador fez sentido. Adorei as peças etnográficas intituladas “Travesti Cosmológico” e “Fase Menstruada da Lua”!

Mas esse Salvador esgota-se em 2 dias. O que nos fez adiar a partida dia após dia foi o ritmo da gente – como eles dançam, como eles tocam, a banda sonora alternava entre Forró e Samba-Reggae;
foi o cheiro – aqui a fruta cheira mais (mal uma jaca é aberta ao fundo no fundo da rua eu logo salivo), tudo cheira mais, a gente cheira mais...;
foi o estilo bahiano – tanta calma que quase dá stress;
foi o sotaque – engraçado como o reconheço das novelas da infância, “óh gente, vixe maria”;
foi tanta coisa!

Na foto deste cartão postal está em primeiro plano uma pobreza incrível. Por todo o lado moleques de rua aos tropeções pela calçada, sem outra solução que não seja pedir e intrujar. Abstrações de gente. Não têm rigorosamente nada. Casa? O meu sonho é morar numa favela! Quando têm sono é na parede mais próxima que se encostam e caiem etendidos na rua, seja dia ou seja noite, pois desmaiar não escolhe hora. O que lhes vai parar momentaneamente à mão (reais, comida, roupa) é trocado por crack ou cola. Assistimos a tudo isso.
Agoniante ir dizendo não a cada cara em cada passo e não poder ajudar (é difícil fazer alguma coisa com significado prontamente mas acredito que cada um pode ajudar pela escolha que faz para a sua própria vida).
O som da violência está omnipresente. Tensão constante, nem pensar em dar mole. Da única vez que fomos a pé para o hotel à noite, o sangue fervilhava mas às miradas dos nómadas os nossos olhos tinham que devolver um ar duro e conterrâneo.

Pequenas diferenças

Adoro cheiros e cheirar. A minha avó espantava-se sempre com o meu olfacto. Estou no céu, esta terra emana fragâncias intensas e constantes de gente frutificada. Mas falta um cheiro: do mar! Aqui é tão suave, não existe o baque da maresia. O nosso mar cheira a mar!

quinta-feira, março 16, 2006

Morro de São Paulo › 3 Mar

Ilha paradisíaca na Bahia. Local indicado para encontrar o meu companheiro de viagem, André. Viemos para descansar do Carnaval. Descanso não houve nenhum. Óbvio.
A electricidade ainda não chegou a toda a ilha, não existem carros a circular, as povoações fazem lembrar a famosa aldeia gaulesa... Os romanos eramos nós, os gringos, que de repente invadiram parte da ilha. A poção mágica foi a caipirinha de seriguela. Já os locais eram gente tão simpática, tão simples, tão cheias de nada mas dispostas a dar tudo!

Em Salvador a música vai ser boa com certeza.

Aquele abraço

Ao Marco, ao André, à Alice e respectivas famílias quero deixar um abraço bem forte. A minha casa estará sempre aberta para vocês. Até já!

Pequenas diferenças

Por aqui parece-me mais perigoso passar à noite num semáforo verde que no vermelho. Como ninguém pára no vermelho, se estiver verde para nós é bem possível que quem venha no outro sentido não tire o pé da tábua.

Parabéns Ana! › 28 Fev

Oi primita, fazes anos no dia de Carnaval, nem Deus se atreve a isso por aqui. Eu e milhões de foliões festejámos a tua data. Beijões.

Carnaval é em Piúma! › 24 Fev

E aí chegou o Carnaval. Quanto a mim não chegou muito mais. A loucura, a alegria, a música e a cachaça já lá estavam, mas tomaram proporções gigantescas.


Carnaval é coisa muito séria.
É ao pequeno almoço discutir quem desfilou melhor, é pular constantemente, é na quarta-feira de cinzas comprar o ingresso para o ano seguinte (o preço pode ser superior a 5 ordenados mínimos),
aí Português, prova esta cachaça de gengibre,
é saber dançar, é saber mostrá-lo,
é o garoto de 8 anos a apanhar latas na rua,
é ser arrastado por suores desconhecidos, é chover quentinho e com isso dançar mais,
aí Portuga, esta cachaça foi envelhecida em coco, tem que experimentar,
é na televisão anunciar o último número de assassinatos enquanto se toma uma caipirinha no duche,
é saber o que é um bloco de rua e acompanhar o meu amigo Marco, os pais, tios e prima de 91 anos no seu bloco de sempre, cada qual com instrumentos que já soube o nome,
aí, esta cachaça sabe a mel, já provou?
é o preço de 1kg de lata apanhada não chegar a 1€,
é “olhou? beijou!”, assim, sem compromisso, sem perguntas forçadas nem respostas arrancadas, só a celebrar o momento,
é a lata custar mais a apanhar porque tem milhões de pessoas a saltar sobre ela,
é comer feijoada feita pela mamãe e ter que dormir a seguir,
é mascarar-me num dia de mulher, noutro de nenêm, e continuar a ser eu,
bicho, cachaça não é água não!


Quanto à musica, aprendi o que é Axé, Música Baiana e Samba Rock.
Toda a cidade torna-se o palco de uma orquestra caótica e os seus grupos de instrumentos espalham-se pelas ruas mas não tocam em sintonia. Nesta selva musical a lei do mais forte traduz-se de forma bem animal em volume de som. O chocalho do meu amigo é presa fácil para o carro de som. O rugido característico desta espécie (uma clonagem entre automóvel e discoteca) é o Funk da Favela. É incrivel como entra pelo corpo dentro e enquanto que a mente vai dizendo que não gosta (qualidade musical duvidosa, letras bem grosseiras) o corpo vai dizendo que sim a um ritmo bem frenético (impossível não dançar). Ver um grupo a dançar funk numa esquina mal iluminada fez-me lembrar quer rituais tribais quer filmes de sacanagem.

Sem dúvida que o estandarte do sanatório geral passou mas nem tudo se acaba na quarta-feira. Aliás, para mim é o início de fazer-me à estrada.

Vou escutar a música do Morro de São Paulo.

Pequenas diferenças

Por aqui só saio à rua com o mínimo indispensável. Sem telemóveis, sem carteiras, pouco dinheirito no bolso dos calções que entram no mar, havaianas no pé e siga. Gosto disso!

Vitória › 16 Fev

Cheguei ao Brasil. Primeiro destino Vitória, capital do estado de Espírito Santo.
Mas as desventuras da viagem da minha vida ainda não começaram. Diz-se que o problema nunca é a queda mas sim a aterragem e aterrei em terreno já preparado. Fui prontamente introduzido na comunidade local, onde encaixei sem dificuldades... Foi um privilégio, viver por dentro o dia a dia típico de uma família brasileira. Beber com os locais, discutir política, entrar em sítios às tantas da manhã onde nunca descobriria a porta, ter lições de condução brasileira e provar a cozinha brasileira.


O melhor da música passou por acordar com o pai do meu amigo André a tocar uns acordes de Toquinho, a passar noites a explicar-me toda a grande variedade de sambas e a decifrar comigo as entrelinhas nas letras de Chico Buarque.
Segue-se a música de Piúma...

Mochila carregada de sonhos!

Para quem não tive tempo de avisar, informo que a banda sonora pela América do Sul já começou. Mas foi Air, com Universal Traveller, que deu o mote!

Vai ser neste espaço que vou registar algumas das impressões que este continente vai provocar em mim.
Neste contracto cibernautico com vocês fica desde já excluida qualquer responsabilidade de escrita pontual. Sem pressões. Bem ao ritmo sul americano, vou aparecendo com uma periocidicidade eclesiástica, ou seja, quando Deus quiser! Deus, que como é sabido, usa passaporte brasileiro...
Só mais um detalhe: as fotos que irei postar serão roubadas a quem quer que use uma camera digital. Quanto às minhas, bem mais tarde serão reveladas.

Vou ver a música de Vitória...