quarta-feira, abril 26, 2006

Musicalidades

Nem só de tango vive BsAs...
Uma grande experiência musical é ir ao Teatro Colón. Mundialmente famoso, de facto a acústica é não só refinada como chega a ser bela. Arranjámos bilhetes para assistir à Orquestra Sinfónica da Escócia tocar Schumann. Prazer bem diferente da noite seguinte, em que descubrimos que Donna Regina estava na cidade. A 1ª parte esteve entregue a uma banda do novo som argentino – Entre Rios. Sonoridade pop electrónica, melódica, envolvente, um cheirinho da boa música que se faz por aqui.


Omnipresente, o Tango dá um toque de requinte à cidade. Mas é inevitavelmente turístico. Para evitá-lo um pouco, acompanhámos a Cruz, bióloga amiga do André, à sua sessão semanal de Milonga. Noite deliciosa em que não me ousei a levantar-me da cadeira. Que bonito foi observar no seu habitat natural o tanguero típico, cabelo para trás, barbicha aparada... mas o que o faz ser quem é está no olhar confiante com que executa o ritual educadíssimo de convidar a senhorita para dançar, discreto com o acenar para a pista... e depois é um deslumbre, no sentido contrário aos ponteiros do relógio, lá se vão entrelaçando. Lindo!


Mas atenção que grande parte do som que impera na movida é a batida electrónica, maioritariamente importada. Várias opções de after-hours, que abrem às 7h, 8h,.., em locais em frente ao rio. Esta sim é a cidade que não dorme, mágica!