sexta-feira, abril 07, 2006

Montevideu › 29 Mar

Grande som! Grande surpresa!
Se expectativas são desilusões antecipadas, consegui não criar nenhuma para este país. Foi tudo lucro!

Sempre com banda sonora uruguaiana,
Bajo Fundo, Buenos Muchachos, Jorge Drexler,
descobrimos uma cidade encantadora. descobrimos também que já não estávamos no Brasil. Diferenças instantâneas: a cara, os olhos, as mãos, a organização, o som não barulhento, a temperatura, a música.

Chegámos no dia certo. Em cada dia 29 é tradição obrigatória no Uruguai comer noquis. Por todo o lado. É estranho ninguém saber ao certo o porquê, fora a notória influência italiana na região. Não é importante quando a janta está magnífica.


Outra particularidade da cidade, que pelo que me contam alastra-se a todo o país, é o uso da erva maté. Bebida para paladares vigorosos, é uma espécie de chá que envolve um ritual de preparação.
Viciados não assumidos, qualquer uruguaio desperdiça a mão esquerda a segurar a cuia e a mão direita para verter o termo. Literalmente em todo o lado. A dose é aplicada pelo jovem no meio do metro, pelo executivo a meio de uma reunião, ou pelo mauzão que para mim perdia toda a autoridade por me olhar da fila para recarregar o termo com água quente.